sábado, 12 de abril de 2014

Obsessão por pés ou um prazer comum que poucos compreendem?

Alguns especialistas em comportamento humano definem a podolatria com um tipo particular de fetiche cujo desejo se concentra nos pés. No Brasil, um fetichista de pés é normalmente reconhecido pela expressão podólatra ou pedólatra. 
Deve-se ter cuidado para não confundir o termo com outro muito parecido, mas de sentido completamente diverso: pedofilia, atração por crianças. São atos comuns que levam o podólatra a ter excitação e prazer sexual o ato de ver, tocar com as mãos, lamber, cheirar, beijar ou massagear os pés de outra pessoa, entre muitos outros; muito raramente um fetichista pode ainda ter prazer quando os próprios pés são objeto dessas ações.

















O fetichista responde ao pé de uma maneira similar à que outros indivíduos respondem a nádegas ou seios. Mas é de notar que, no caso do pedólatra, esse desejo direcionado para uma parte específica do corpo adquire o caráter pronunciado de uma fixação. Existem muitos relatos de casais que, em comum acordo, encontram (também) nos pés, motivações no relacionamento íntimo, mas quando a fixação assume proporção pública e notória, como o caso registrado em Maringá, o assunto vira caso de temor e de polícia. 






Como outras parafilias, o fetiche que se concentra nos pés varia enormemente e pode ser altamente especializado. Assim, um fetichista pode ser estimulado por elementos que outro considera repulsivos. Alguns pedólatras preferem somente as solas, ou pés com arcos pronunciados, outros, de dedos longos, unhas longas, alguns preferem pés descalços, outros, pés calçados em certos tipos de calçados ou meias, alguns preferem pés muito bem cuidados, outros, sujos, de plantas incrustadas de terra, etc. Há ainda uma variação da podolatria conhecida como fungifilia, na qual a pessoa sente prazer sexual ao ver ou tocar pés com micoses, frieiras e outros tipos de fungos.
























Um fetichista de pés pode ser homem ou mulher, embora estime-se que o contingente masculino passe de 70%. Outras práticas sexuais como o sadomasoquismo frequentemente acompanham a atração por pés. Um traço que permite distinguir o pedólatra, no entanto, na comparação com o sadomasoquista submisso, é o fato de que o pé, para aquele, reveste-se de um valor estético, que por si só o excita. Há um profundo e ao mesmo tempo evidente potencial de significação sadomasoquista relacionado aos pés. 










Mas as fantasias que aproveitam esse potencial surgem a partir de uma excitação espontânea que os pés desencadeiam. Os pés não servem de mero instrumento para realização de fantasias de submissão, como acontece nos casos de sadomasoquismo típico. Eles, por si mesmos, desencadeiam a cobiça e o processo de desejo, que passa a orbitar em torno deles. O sadomasoquismo encontra-se presente em segundo plano, provavelmente na origem da formação do desejo pedólatra, numa etapa anterior. Outro ato de pedolatria é o homem ser pisado pela mulher.